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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Rhinella marina - O sapo-cururu é uma espécie de sapo de grandes dimensões. Alcança, em média, de 10 a 15 centímetros,[11], embora possa alcançar bem mais que isso. "Prinsen", um espécime mantido como animal de estimação na Suécia, está listado no Livro Guinness dos Recordes como o maior exemplar da espécie, chegando a pesar 2,65 quilogramas e a medir 38 centímetros do focinho à cloaca, ou 54 centímetros totalmente estendido.[12] Um espécime preservado em um museu em Queensland tinha 24,1 centímetros de comprimento por 16,5 centímetros de largura e 1,36 quilograma de peso.[13] A espécie apresenta dimorfismo sexual quanto à coloração e ao tamanho dos animais. As fêmeas são, em geral, maiores e de cor sépia ou marrom, enquanto que os machos são menores e mais claros, de cor amarelo-pardo.[11] O sapo-cururu vive em média de 10 a 15 anos na natureza, podendo chegar a 20 anos em cativeiro.[14] Sua pele é seca, enverrugada e possui protuberâncias acima dos olhos que vão até o focinho. Possui uma grande glândula parotóide atrás de cada olho. As pupilas são horizontais e as íris douradas. Não apresenta pálpebra inferior, mas uma membrana nictitante[11] Os dedos das patas traseiras têm membranas interdigitais, enquanto que os dedos das patas dianteiras são livres. Os sapos-cururus jovens são muito menores que os adultos da espécie, atingindo somente de 5 a 10 milímetros de comprimento. Em geral, possuem pele escura e lisa, por vezes vermelha. Não possuem as grandes glândulas parotóides dos adultos, sendo por isso menos venenosos. Por não possuírem essa importante defesa, estima-se que somente 0,5% dos jovens sapos alcançam a vida adulta.[15] Os girinos são pequenos e uniformemente negros e alcançam de 10 a 25 milímetros de comprimento.[16] No Brasil, é possível que o cururu seja confundido com o Rhinella schneideri, cujas áreas de distribuição se sobrepõem. O R. schneideri tem tamanho parecido com o do cururu, mas se diferencia deste por suas glândulas venenosas adicionais em suas patas traseiras, que podem ser usadas na sua identificação. O sapo-cururu, dentro de sua área nativa, pode distinguir-se de outros sapos verdadeiros pela forma de suas glândulas parotóides e pela disposição das protuberâncias em sua cabeça. Na Austrália, os adultos são confundidos com espécies dos gêneros Limnodynastes, Neobatrachus, Mixophyes e Notaden. Entretanto, essas espécies podem ser facilmente distinguidas do sapo-cururu pela falta das glândulas parotóides atrás dos olhos. Também são confundidos com a rã-escavadora-gigante (Heleioporus australiacus), já que ambos são grandes e enverrugados, diferenciando-se a rã pelas pupilas verticais. Sapos-cururus jovens são em geral confundidos com espécies do gênero Uperoleia, pois todos eles têm glândulas parotóides, mas são facilmente distinguidos dessas espécies pelas protuberâncias ao redor dos olhos e pela falta de cor clara em suas coxas. Comportamento Muitos sapos podem identificar as presas pelo movimento. O cururu é capaz também de localizar seu alimento através do olfato. Ele não se limita a caçar e pode comer plantas, restos orgânicos, ração para cães e resíduos doméstico, além da alimentação normal composta de pequenos vertebrados e invertebrados, sendo uma das poucas espécies onívoras de sapos. Os sapos-cururus são capazes de inflar os pulmões para parecerem maiores do que realmente são diante de predadores. O sapo-cururu é mais ativo durante a noite e pode viver longe da água, procurando-a somente para se reproduzir. O antigo nome científico Bufo marinus sugere uma ligação com a vida marinha, entretanto essa ligação não existe. Os adultos são totalmente terrestres, aventurando-se em água doce somente para se reproduzir, e os girinos são encontrados somente em concentrações salinas correspondentes a 15% da da água do mar. Não habitam as pradarias, evitando em geral as áreas de florestas. Isso inibe a disseminação em muitas das regiões em que foram introduzidos. Veneno Os sapos-cururus adultos possuem grandes glândulas parotóides atrás dos olhos e outras glândulas espalhadas pelas costas. Quando se sentem ameaçados, segregam por essas glândulas um líquido branco e leitoso com várias substâncias conhecidas como bufotoxinas, tóxicas para muitos animais. Há registro de vários relatos de morte de animais, incluindo humanos (principalmente crianças), depois do seu consumo. Tanto os ovos quanto os girinos são tóxicos. A bufotenina, um dos químicos excretados pelo sapo-cururu, é classificada como uma droga de classe 1 pelas leis australianas. Esta é a mesma classificação dada à heroína e cocaína. Acredita-se que os efeitos da bufotenina são similares aos de um envenenamento suave, o efeito estimulante, que inclui leves alucinações, que duram menos de uma hora. Como o sapo-cururu excreta bufotenina em pouca quantidade, além de outras toxinas em maior quantidade, uma lambida do sapo poderia causar sérias enfermidades ou morte.
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