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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Conto do Prisioneiro

"Merda de testes de sensações de periculosidade, pois antes de recebermos liberdade, alguém que assine nossos alvarás, um procurador, ou um de nossos parentes, e nos receba na porta do presídio, temos que fazer testes psiquiátricos, em hospitais penitenciários para determinar o nosso grau de periculosidade, precisamos manter a calma ou ganhamos mais 30, 60, 90, 120, 150 dias de reclusão em hospitais penais que mais lembram leprosários medievais.
Por aqui a vida, não é como seu atari, ou seu radinho de pilha, por aqui as coisas são sérias, somente malucos assassinos respondendo por medidas de segurança, além de presos com todos os tipos de contaminações inimagináveis que são enviados ao hospitais quase a morte, para que os hospitais tentem mal e porcamente reanimá-los, por aqui não têm hospital Sírio Libânes, só grades e trancas, para sair daqui só fugindo ou espancando o guarda para irmos para penitenciárias de segurança máxima, esses hospitais são o pico da tortura humana, comemos comidas pobres, bebemos água aonde ratos morrem nas cisternas e se estamos vivos, e por conta de Deus, Allah Hu Akbar.
Por aqui é fácil se morrer e depois irão descrever que se suicidou.
Assim somos torturados pelo sistema ocidental, despojados de nossos poucos bens, isolados de nossas famílias, mas não viraremos escravo fiel do consumismo secular, lutamos por ideal, se ele nos trouxer para cadeia ótimo, sinal que estamos mais certos ainda, e por nossos ideais devemos morrer, pois somente o exemplo arrasta."

Carta de encontrada em um sebo numa livraria do centro

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